Funcionários desonestos: sinais de alerta e passo-a-passo para agir antes que o rombo apareça

• 63 % das empresas brasileiras sofreram pelo menos uma fraude em 2023. grantthornton.com.br

• Cada R$ 1 perdido acaba a custar R$ 3,59 depois de honorários, acções judiciais e retrabalho. risk.lexisnexis.com.br

• Fraudes internas demoram 14 meses em média a ser descobertas. pt.linkedin.com

  
  

Ou seja, quando o problema vem à tona, o prejuízo já é triplo — e metade do tempo foi gasto a fingir que nada se passava.

1. Porque é que a maior ameaça está dentro de portas

Os números não enganam: a maior parte das quebras vem de quem tem crachá da casa. Três factores explicam:

1. Acesso – quem opera sistemas, armazéns ou contas bancárias conhece as falhas.

2. Confiança mal-gerida – relações pessoais inibem controlo.

3. Fiscalização errada – auditorias anuais detectam papelada, não comportamento.

   
   

Resultado: a fraude arrasta-se, corrói margens e, quando explode, arrasta reputação e clientes.

2. Cinco sinais de alerta que gestores ignoram

Sinal: Mudança brusca de padrão de vida

O que observar: Carro novo, viagens constantes.

Porque importa: Incompatível com salário? Mau sinal.

Sinal: Isolamento nos processos

O que observar: “Deixa, eu trato disso sozinho.”

Porque importa: Fraudes precisam de controlo exclusivo.

Sinal: Amizade súbita com fornecedores

O que observar: Jantares, presentes, favores.

Porque importa: Pode esconder comissões ilegais.

Sinal: Horas extra “milagrosas”

O que observar: Entra antes do expediente, sai depois.

Porque importa: Período sem supervisão = janela p/ manipular dados.

Sinal: Alterações de dados fora de hora

O que observar: Ajustes de inventário ao domingo.

Porque importa: Quem corrige registos sem testemunhas costuma ter algo a esconder.

3. Três erros que perpetuam a fraude

Investigar “em família”

1. Chefes tentam apurar sozinhos para evitar escândalo interno. Resultado: provas contaminadas.

2. Suspender suspeitos sem backup

Afastar a pessoa antes de recolher dados dá tempo para apagar rastos.

3. Confiar apenas no canal de denúncias

Apenas 15 % dos casos são reportados internamente.

4. Como a Veritas actua (e porque funciona)

Investigação de campo + analítica forense + infiltração controlada

• Mapeamento de red-flags – análise de logs, inventários e acessos para definir alvos.

• Agente infiltrado – profissional integra-se na operação, valida suspeitas e recolhe provas sem levantar poeira.

• Relatório jurídico – documentação estanque, pronta para RH, polícia ou tribunal.

Caso real (sector logístico, 2024)

Em 21 dias, um infiltrado detectou conluio entre supervisor e motorista: desvio semanal de 8 % da carga. Despediu-se o elo fraco, recuperaram-se mercadorias e baixou-se o prémio de seguro em 12 %.

5. Suspeita de fraude? Checklist de acção rápida

1. Não confronte o colaborador. Preserve-lhe o acesso para manter o rasto digital.

2. Colete logs e CCTV imediatamente. Copie para servidor isolado.

3. Restrinja a informação. Quanto menos gente souber, menor o risco de vazamento.

4. Chame especialistas externos. Precisão, sigilo e validade legal das provas.

Conclusão: Agir cedo é (muito) barato.

Fraudes internas não desaparecem; só escalam. Detectar sinais e recorrer a profissionais aumenta a hipótese de recuperar perdas e mandar o recado certo à equipa.

Desconfiou de algo?

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